Resumo
Ah, o fim do ano! Época de rabanada, de pendurar pisca-pisca e… feedback. Esse momento é perfeito para uma troca honesta, sensível e produtiva!
Por isso, na nossa primeira edição, escolhemos este grande paradoxo: o Feedback! A gente quer ouvir para crescer, mas teme críticas; desejamos sinceridade, mas odiamos quando dói. No meio dessa montanha-russa emocional, está uma oportunidade única: transformar desconforto em aprendizado e crescer sem perder o humor.
Por que o feedback é realmente importante?🎯
Pense nele como um retrovisor essencial: ele te ajuda a ver a trajetória que já percorremos, mostrando o que deu certo, o que precisa de atenção e como o caminho pode ser ajustado.
Ou seja, é uma forma de fortalecer os pontos positivos, mas também de olhar para onde há margem de evolução.
E o mais interessante é que não se trata apenas de um ritual de trabalho. O feedback é um dos instrumentos mais eficazes de desenvolvimento pessoal e de construção de um ambiente mais colaborativo.
Por que é tão paradoxal?
Os paradoxos relacionados ao feedback têm raízes em aspectos humanos profundos, como a nossa necessidade de validação, o medo de rejeição e a complexidade das emoções que envolvem a comunicação. Algumas causas principais incluem:
Necessidade de pertencimento vs. desejo de crescimentoQueremos nos sentir aceitos e valorizados, mas o feedback muitas vezes expõe nossas falhas, gerando um conflito interno entre a busca por pertencimento e o desejo de melhorar.
Autopercepção vs. percepção do outroEnxergamos a nós mesmos de um jeito, mas o feedback reflete como os outros nos veem. Essa diferença pode ser desconcertante, porque desafia a nossa narrativa interna.
Medo de vulnerabilidadeTanto quem dá quanto quem recebe feedback sente vulnerabilidade. Quem oferece teme magoar ou ser mal interpretado, enquanto quem recebe teme ser julgado.
Falta de treinamento em comunicaçãoFeedback eficaz é uma arte, mas nem sempre sabemos como expressar o que pensamos de forma construtiva ou ouvir sem defensividade. Isso amplifica os paradoxos.
Expectativas não alinhadasQuando as expectativas não estão claras, o feedback pode parecer uma crítica injusta ou uma cobrança inesperada, gerando confusão e ressentimento.
Esqueça o freestyle e prepare-se para dar e receber feedback?
A preparação para o momento de feedback é o que vai garantir que a conversa seja produtiva e gere impacto positivo real.
Quando a gente se organiza com calma e clareza, o feedback passa a ser muito mais do que uma troca de impressões; ele se torna um momento de aprendizado e conexão, criando um ambiente onde o crescimento é o foco principal.
➡️ Veja como você pode se preparar de maneira ainda mais profunda:
🤔 Reflita sobre o propósito do feedback: antes de tudo, entenda o motivo e o objetivo do que você quer comunicar. Pergunte-se: “O que eu quero que essa pessoa leve da conversa?” ou “Qual mudança esse feedback busca incentivar?” Isso te ajuda a ter clareza sobre o que é realmente essencial abordar e evita que o feedback se perca em detalhes ou se torne uma crítica sem direção;
🎯 Traga pontos específicos e relevantes: ao evitar generalizações, você torna o feedback concreto e significativo. Pense em exemplos reais e relevantes que ilustrem o que foi feito bem e onde estão as oportunidades de melhoria;
🤝 Adote uma postura de mentor e aliado: ao encarar o feedback como um momento de orientação, você se posiciona como alguém que quer, de verdade, ajudar. Isso significa ser paciente, ouvir ativamente e estar preparado pra oferecer conselhos que inspirem confiança e segurança;
📝 Planeje o tom e o ambiente da conversa: escolha um local onde a pessoa se sinta confortável e à vontade, e evite fazer do feedback uma conversa apressada.
Like a pro
Encontre o seu tom e confie na técnica 🗣️
A maneira como entregamos o feedback faz toda a diferença. Em vez de recorrer ao “sanduíche” de elogio-crítica-elogio (que muitas vezes soa artificial), busque a sensibilidade.
Elogios são ótimos, mas eles devem ser sinceros e conectados ao esforço que foi empregado e ao resultado obtido. No momento da crítica, seja direto, mas cuidadoso e evite generalizações. Em ambos os casos concentre-se no fato.
Existem muitas técnicas para dar feedbacks, por aqui gostamos das mais simples. Esta é a nossa preferida:
SCI - Situação, Comportamento e Impacto
Situação: Onde e quando o comportamento específico aconteceu?
Ex. Durante a campanha de lançamento do novo produto no último mês, você liderou a estratégia de marketing digital da empresa.
Comportamento: Quais são as características, ações observáveis, comportamentos verbais ou não verbais devem ser destacados?
Ex. Sua estratégia focou principalmente em anúncios pagos nas redes sociais, deixando de fora outros canais importantes como e-mail marketing e SEO.
Impacto: Quais são as consequências desse comportamento? Qual impacto isso pode gerar nas outras pessoas? O que elas podem pensar ou sentir?
Ex. Como resultado, o alcance da campanha ficou abaixo do esperado. As vendas não atingiram a meta estabelecida e o ROI foi menor que o previsto.
Feedback compartilhado, este é o melhor momento para alinhar expectativas e orientar para comportamentos futuros. Esclareça como você entende que o comportamento deve ser modificado. Agora acompanhe e ajude com a mudança, ninguém muda de um dia para o outro, estamos em constante desenvolvimento.
Tem alguém ouvindo ai?👂
Escutar o feedback também exige disposição. Imagine-se como alguém que não só ouve, mas absorve cada palavra. Em vez de reagir imediatamente, com defensiva ou explicações, experimente pausar. Respire, absorva, e busque compreender.
O feedback, ainda que por vezes desafiador, é um mapa de orientação para ajudar no desenvolvimento. Encarar as críticas como uma oportunidade, e não como uma sentença, transforma o feedback em uma ferramenta ainda mais valiosa.
Essa postura de escuta atenta revela maturidade e disposição para crescer, além de mostrar respeito pelo outro.
Observe que o comportamento de quem recebe o feedback muda de acordo com a situação:
Depois de todo o processo, vem a fase de digestão do feedback. Reserve um momento para refletir e até anotar as partes principais. Tente lembrar de suas reações e vá além da primeira impressão, buscando um olhar mais profundo. O que faz sentido para você?
Onde estão as oportunidades de aprimoramento? O que você pode levar adiante? E se você foi o responsável por dar o feedback, observe as reações da outra pessoa também. Esse é o momento em que o feedback se transforma em aprendizado – para quem recebeu, mas também para quem deu.
Para Encerrar…
Agora, o que realmente importa é transformar o feedback em ação. Em vez de pensar em uma mudança total — que pode parecer enorme e distante — escolha uma área específica para focar.
Comece aos poucos, com passos menores e realistas. Assim, o feedback deixa de ser só uma conversa e passa a ser uma ferramenta de desenvolvimento ativa, que vai se materializando em pequenas conquistas.
No fim das contas, o valor do feedback está na conexão e no crescimento mútuo que ele possibilita. Não se trata só de desenvolver habilidades ou corrigir erros, mas de construir relações mais fortes, cheias de confiança e respeito.
Manter o diálogo aberto e positivo, alinha expectativas e transforma o ambiente de trabalho em um espaço mais leve, de mais troca e colaboração genuína.
E, como em todo bom fim de ano, o que fica de valor são as trocas verdadeiras – seja o feedback de uma conversa rápida no corredor, uma reunião de fim de ano, ou aquele papo mais profundo sobre o que foi realizado. Afinal, nada substitui o poder de uma boa conversa para evoluir, alinhar expectativas e abrir portas para o próximo ciclo.
Conheça como a Conversa Colab tem ajudado empresas e profissionais a transformar o feedback em um processo leve e inspirador, promovendo crescimento e conexão para entrar no novo ano com perspectivas renovadas
Equipe Conversa Colab.
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